experiência crítica

intervenções críticas sobre as produções audiovisuais brasileiras contemporâneas

quarta-feira, dezembro 13, 2006

O inferno são os outros

Os cineastas brasileiros insistem em acusar as distribuidoras de abrirem às portas aos filmes estrangeiros relegando os nacionais. De fato, a quantidade de filmes prontos condenados a permanecer nas prateleiras é alarmante. Dos 15 longas de ficção realizados, nove (60%) não encontraram distribuidora. O problema se acentua em relação aos documentários, já que de 35 concluídos, 24 (~70%) ainda estão órfãos. Embora seja mais fácil classificar as distribuidoras como vilãs, seu comportamento não é causa, mas conseqüência da não adequação do produto fílmico ao veículo a que se destina. Desde a criação da Lei do Audiovisual, podemos constatar a multiplicação de filmes nacionais de arte acompanhada de um surto de documentários, todos feitos para um público muito restrito. Se vão de encontro ao público, obviamente não interessam às distribuidoras. Muitos são recusados até mesmo pelas independentes, como a Pandora. É sinal de que o problema não está no final, mas no início do processo.

2 Comments:

  • At 5:34 PM, Anonymous Anônimo said…

    Este comentário foi removido por um administrador do blog.

     
  • At 5:35 PM, Anonymous Anônimo said…

    Puxa, muito legal seu blog. Gosto muito de cinema. Sou estudante de jornalismo e também tenho um blog. Quero lhe propor uma parceria, de troca links, o que acha? Já coloquei um link indicando seu blog. Um abraço.

     

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